"Quando penso no estado em que pode estar o teu coração vêm-me palavras pesadas à cabeça como recobro, recuperação, recolhimento, reflexão, e vejo-te triste, isto na minha imaginação, mas depois já estás a rir - adoro ver-te rir -as costas equilibradas com o peso do pára-quedas, o teu irmão a rir-se ao teu lado e tu a pensares este salto é outro salto na tua vida, tu agora vais-te embora, puto, tens mesmo de crescer... depois olhas para o teu pai e és uma ponte entre os dois, a do meio, o elo de ligação, e gostas desse lugar porque te dá uma visão quase periférica dos três, que tu gostas tanto de estar no meio da cena como de assistir de camarote, e depois chega o momento , desta vez talvez já vás sozinho, o coração aperta-se, as pupilas dilatam-se, a adrenalina explode...e tu não queres que aquele momento acabe porque não te apetece pisar outra vez o chão, sempre o mesmo chão que te dá lucidez e a clareza de que tanto precisas..."
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