voltas (da vida)

Olá. Espero que se encontrem bem desse lado. Confesso que este ano tem sido uma aventura e das grandes. Os 30 vieram cheios de força, para me ensinar muito e para me pôr à prova de diferentes maneiras e feitios. Nem sempre atingimos o que sonhamos na altura certa. Por vezes a vida reserva-nos surpresas e das grandes. Mas é isto que no final de contas nos faz andar para a frente. São os obstáculos e as coisas menos boas que nos fazem refletir e pensar sobre o (nosso) futuro. Sobre o que queremos e acima de tudo não queremos. Sobre o que podemos ou não aceitar. E o tempo vai andando à velocidade-luz, os ponteiros do relógio mexem-se num ápice e damos por nós a concluir mais um ano. A bagagem vai ficando mais repleta de aprendizagens, histórias e conhecimento. A paciência vai diminuindo para aceitar o mínimo e o coração vai-se afastando de quem não cabe mais aqui. A vida passa mesmo a voar mas a verdade é que a coclusão de todos os anos acaba sempre por ser a mesma. Há fases em que somos obrigados a fechar ciclos. A fechar portas e ir noutra direcção Há pessoas que imaginávamos no nosso futuro mas que, por mera casualidade da vida saem de repente para nos voltar a ensinar. E saem sem avisar.. Aí entendemos que só podemos contar connosco. Que nem sempre podemos ser os mesmos com toda a gente e que nem toda a gente tem o mesmo coração bom como nós temos. Um dia quando olharmos para trás, vamos olhar para a vida de forma mais leve e muito mais sábia. Vamos perceber que tudo é um processo e que as conquistas e as derrotas fazem parte da vida. Tudo é uma lição. Tudo. Nós somos apenas meros espectadores nesta novela que é a vida. Somos apenas peças num puzzle de xadrez. E isto acontece a todos. As surpresas, as ilusões e principalmente as desilusões. Quando era mais pequena achei que iria ter os mesmos amigos durante a vida toda. Toda a gente me dizia que isso não era possível. E eu teimava que sim. Dizia que comigo era diferente. Porque os meus amigos é que eram bons. Secalhar hoje olho para trás e vejo por quem dei tudo e pouco ou nada recebi. E isso acaba por ficar para trás. Quem verdadeiramente interessa são os que te acompanham nas fases boas e más. Nos dias de vitórias e nos dias de fracassos. São aqueles que te limpam as lágrimas quando precisas, que acalmam o teu coração quando estás mais ansiosa e os que não têm medo de ser a corda que te tira do fundo do poço... ao contrário de alguns que talvez fossem apenas mais água. Acima de tudo tem um bom coração, aproveita os momentos felizes, abraça os que amas, visita mais vezes a tua família e fica só onde queres estar e não onde dizem que tens de ficar. Tu só pertences onde o teu coração é feliz., O resto é paisagem.