o dia em que te conheci.


Olá. Hoje estava a tocar na rádio a nova música do James Arthur, que fala sobre o mês de Setembro. De repente, em poucos segundos, a mente transportou-me para há uns anos atrás, naquele mês em que te conheci. Às vezes ainda vêm estas recordações à tona, por vezes ainda passo em sítios nossos e lembro-me do quanto rimos juntos, do quanto choramos e crescemos nas ruas da nossa cidade. Hoje continuas por esse Mundo fora, a fazer o que mais gostas e a encantar os outros com a tua magia. Os jornais ainda me falam sobre ti, ainda vejo vídeos teus e sei que há momentos em que no meio da loucura do futebol, sorris e lembras-te de nós. Faz tempo que não vejo os teus irmãos. Mas sei que quando os vir vai continuar a ser tudo tão bonito como naquele dia em Dezembro, em que te levei ao aeroporto. Nunca fui de fazer promessas mas prometi que te ia ver assim que pudesse. Tu sabes que não foi por falta de vontade, mas a verdade é que essa promessa, bem como outras ficaram por cumprir. Ainda tenho textos nossos no baú do meu quarto, às vezes ainda vejo as fotos no barco, os vídeos na praia, os mergulhos e todas as boas gargalhadas que sempre demos, quando estávamos perto um do outro. E Setembro trouxe-te até a mim e nunca me vou esquecer daquela noite em que olhaste para mim no meio de tantas pessoas que ali estavam. Eu sabia perfeitamente quem eras mas sempre quis que achasses que não. Porque isso deu ainda mais piada a toda esta história, o facto de eu nunca te deixar entender tudo o que de ti já conhecia. Os anos foram passando e eu sabia que as tuas férias por Portugal iam pouco mais do que aqueles meses. Sabia que tinhas o sonho de jogar nos maiores campeonatos do Mundo e que estares fora te custava horrores. Falavas da tua família com aquele sorriso do qual sempre gostei, falavas que para os teus irmãos eras uma referência e do medo que tinhas de falhar, ou desiludir aguém. Setembro trouxe até nós uma história diferente, veio-nos mostrar que há histórias que não têm de ter finais, porque às vezes faz mais sentido colocar umas reticências. Nunca mais fui ver as tuas redes sociais, prefiro ler as coisas boas,  prefiro ver de longe os golos que marcaste, que o teu festejo ainda continua a ser o mesmo e que esse sorriso de criança nunca se apagou. Tenho saudades das horas na praia a jogar futebol, ou de pelo menos eu tentar, enquanto tu te rias ao dizer que só o meu pé direito é que funciona. Tenho saudades de quando trazias comida para os nossos piqueniques e do quanto, em silêncio, gostavas de ver o pôr-do-Sol.  Hoje ainda há muito pôr-do-sol para ver, continuo a ir à minha praia preferida jogar à bola, a fazer piqueniques e a conhecer este Mundo fora. Sei que um dia no meio das tantas voltas nos vamos encontrar e que eu vou olhar para esse sorriso de criança e ter a certeza que Setembro foi o melhor mês. Que continues a brilhar por esses palcos fora, a ser feliz como só tu sabes e que nunca deixes de lutar pelo que acreditas. Deste lado e à minha maneira, continuarei sempre a torcer por ti. 

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