experiência do voluntariado

O tempo passa a correr. Acho que nos damos realmente conta disso, quando passamos dos 20 anos. Até aqui parece que é tudo tão simples, a vida é tão simples e completamente calma, sem qualquer tipo de preocupações. Esperamos a vida toda pelo dia em que vamos fazer 18 anos para poder finalmente ter a carta e dizer que somos maiores de idade. Antes de essa altura, não fazemos ideias de nada. Tudo parece tão fácil. Os amores são mais simples. As amizades são mais simples. No geral, a vida toda é mais simples. Depois de passar os 20, começamos a olhar para o Mundo de outra forma. Acabamos a universidade, muitos de nós não entramos directamente para o mercado de trabalho na área em que nos licenciamos e a maioria acaba a trabalhar em shoppings, quase sempre em lojas de roupa. E é no meio de todas estas reviravoltas, que um dia paramos e pensamos acerca do que queremos fazer o resto das nossas vidas. Continuamos a ser jovens, é verdade. Mas o tempo que tínhamos já não é o mesmo. Na verdade tudo muda. E nesta fase de mudança, conheci este projecto maravilhoso que se chama Serviço de Voluntariado Europeu. Este serviço permite-nos mudar de país, levar para esse novo sítio algo que é nosso, característico da nossa cultura e, ao mesmo tempo, aprender um pouco da nova cultura com a qual entramos em contacto. Muitos me perguntam porque aceitei este desafio. A resposta é a palavra mudança. Quem me conhece sabe que desde miúda sempre tive demasiada personalidade. Nunca gostei que me dessem ordens, nem de ficar muito tempo no mesmo lugar. Ao mesmo tempo, sou uma pessoa demasiado intensa. Digo o que tenho a dizer, e quem não gosta que tape os ouvidos. Como diz o meu signo, tenho o síndrome do Peter Pan, de andar sempre daqui para acolá. O que vos quero dizer é que ás vezes a mudança passa por coisas que nós nunca poderíamos imaginar. Se antes alguém me falasse em fazer Voluntariado Europeu, seguramente que nem ligava ao assunto. Hoje, digo-vos que foi uma das escolhas mais acertadas da minha vida. Tenho demasiado tempo livre, é certo. Estou "longe" dos meus amigos e da minha família, mas ao mesmo tempo estou a ganhar ferramentas pessoais, que talvez em Portugal não as conseguisse adquirir. A verdade é que falta uma semana para fazer 7 meses desde que aqui estou. Durante este ano, viajei muito, conheci muita gente, mas a cima de tudo aprendi muito. E aprendi que ser português, é valorizado em qualquer canto do Mundo! 

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