dia dos Namorados


Nunca precisei de grandes demonstrações de Amor. Nunca tive grande paciência para passar um dia colada no telemóvel a mandar mensagens, ou simplesmente estar um dia inteiro com a mesma pessoa. Sempre gostei do meu espaço, do meu tempo e do meu ritmo. Sempre gostei de coisas partilhadas a dois, mas tudo o que é demais também enjoa. Nunca tive grande paciência para jantares românticos ou noites às luz das velas. Gosto de coisas calmas e discretas. De passar um serão a ter uma boa conversa, se possível, acompanhado de uma boa música. Sempre fui apaixonada pela vida, mais do que pelas pessoas. Acho que a vida nos surpreende mais do que algumas pessoas. São demasiado previsíveis, demasiado elas, não sei se me faço entender. Sempre gostei de coisas calmas, de uma tarde passada na ronha a ver novelas e de lanches com muita comida durante a madrugada. Uma das minhas maiores paixões é viajar. Mas curiosamente não tenho necessidade de o fazer com alguém. Assim como não tenho aquela vontade de todos os dias contar a alguém como correu o trabalho, ou chegar a casa e ter uma pessoa à minha espera com o jantar na mesa. Gosto tanto de cozinhar a minha massa sem ninguém a chatear ou inventar pratos à última da hora. Também gosto de chegar a casa e desarrumar tudo à minha volta, sem que me digam o que devo ou não fazer. E no meio de todas estas aprendizagens, eu sei que há vários tipos de amor. Cada um deles tem um lugar diferente dentro de nós e acrescenta-nos algo, cada um à sua maneira. Também aprendi que há um tipo de amor mais forte do que tudo: o amor-próprio e não há ninguém que faça perder isso.

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