miss you*

Olá. Faz tempo que não venho aqui escrever e faz tempo também que não te escrevo. Não sei ao certo a última vez que te vi mas lembro-me de como as nossas mãos se continuam a entrelaçar na perfeição, sempre que estão juntas. Sei que a vida dá muitas voltas. Que hoje estou eu aqui, a escrever-te da faculdade e tu estás num desses campos a fazer a coisa que mais gostas e melhor sabes: jogar futebol. Faz tempo também que não vejo os teus irmãos nem a tua mãe. Tenho saudades deles, para te ser sincera e isso é tão bom. Faz-me perceber que há pessoas que por mais longe que estejam de nós, acabam por ficar eternamente ligado à nossa vida e ao nosso coração. Outro dia estava numa das nossas confeitarias preferidas e vi um rapaz quase igual a ti. Por momentos pensei que eras tu mas logo me apercebi que isso era impossível. Que a tua vida está tão distante da minha que agora os nossos passos não se cruzam nos mesmos caminhos. Mas voltando ao assunto que me trouxe aqui a esta secretária, escrever sobre ti enquanto ouço aquela música que desde sempre significa o Mundo para nós - espero que estejas bem, de coração. Porque apesar de todas as voltas e reviravoltas que esta história já deu, eu sei que ti continuas a preocupar-te comigo como mais ninguém faz e sei também que podes estar noutro canto do planeta mas que jamais te esqueces de mim ou de nós. Ainda que esse nós seja diferente, diferente de quando éramos dois miúdos que mal sabiam o que era viver. Hoje sei o que é, ainda que o tenha aprendido longe de ti. Sabes? Tenho saudades de quando a tua mãe nos trazia aquelas torradas com aquela manteiga que só ela sabia fazer, de quando chegava a tua casa e me davas logo aquela manta tão quente e de quando os teus irmãos nos vinham chatear e insistiam para que eu jantasse convosco todas as noites. E tenho saudades das nossas corridas sem destino, de quando o Mundo era nosso e nada mais importava. Mas a vida muda e nós mudamos com ela. Ainda assim, há memórias que ficam e sentimentos que permanecem para sempre, dentro de nós, numa coisa a que se chama história de vida. História essa da qual hás-de sempre fazer parte. Aconteça o que acontecer, haja o que houver. 

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