end.


Gosto de ter este meu cantinho, que me refugia e ao mesmo tempo me protege do resto do Mundo. Gostava de ter a mesma disponibilidade para escrever como tinha antes, mas e infelizmente, as coisas nem sempre são como queremos. Ainda assim, isto continua a significar muito para mim. É como se fosse uma página solta de um livro que ainda falta acabar de escrever. Mas, ao mesmo tempo, uma página cheia de sonhos para contar e memórias para não esquecer. Hoje, ao ir ao calendário, reparei que faltam menos de dois meses para o Natal. Não me lembro de ver os dias passarem tão depressa como este ano. Por um lado é bom porque significa que estive ocupada mas por outro é mau porque signifiica que não fiz quase nada ou que muito ficou por fazer. Este ano foi cheio de emoções e tu fizeste parte da maioria delas. Apesar disso, as coisas vão-se alterando à medida que as páginas do calendário vão caíndo. Encontrei em dois telemóveis antigas mensagens nossas. Mensagens de Dezembro, de Fevereiro e algumas de Maio. Elas fizeram-me lembrar do quão felizes já fomos e do quão poderíamos ter sido, se nada disto acontecesse assim. Mas nem todos somos iguais, nem vemos as coisas da mesma forma. Não há nada que doa mais do que olhar para o que poderia ter sido e ver o que não foi. Não há passado sem presente, nem presente sem futuro. Quero dizer com isto que todos os rumos têm uma ordem cronológica diferentes. Há vezes em que temos que abrir mão do que mais gostamos, para que aquela felicidade, genuína e autêntica, possa voltar outra vez para nós. Quero crescer, quero aprender com estas feridas, quero limpar de uma vez as lágrimas que me preenchem a face sempre que escrevo sobre ti, quer aqui, quer nos meus rascunhos. Hoje olhei para todas as crianças daquela festa e lembrei-me da quantidade de vezes que sonhei em ter filhos contigo. Mas não passam disso mesmo, de sonhos. Porque quando acordo vejo que a realidade é bem diferente, que nada que idealizei se tem tornado possível. Não por culpa tua, nem minha. Culpa o destino, se quiseres. Ou as advertências que por vezes se colocam no nosso caminho. Às vezes não somos assim tão fortes quanto isso para passar por cima de todas elas e continuar de pé, com a mesma força, com a mesma coragem e com a mesma determinação. Que encontres o teu caminho e que um dia, seja ele quando for, encontres alguém que te ame tanto como eu te amei. E que, a cima de tudo, te faça tão feliz como eu sempre tentei. Até sempre, R,

Comentários

Adorei o teu blog. Neste texto identifiquei-me com algumas coisas que escreveste.
Força! :)
Beijinho
De nada fofa! Nada demais, são dias menos bons mas tudo passa não é :)

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