vidas (des)cruzadas.



Hoje deu-me para (re)abrir o báu. E sabes o que encontrei lá? Fotografias do tempo em que tu eras tu, eu era eu e nós ainda éramos nós. O tempo passa, umas coisas vão e outras vêm. Se há coisas que ficam, são as memórias. As lembranças dos nossos sorrisos de miúdos em volta dos nosso sonhos. Lembro-me de me dizeres que querias ser jogador de futebol e que mesmo se fosses para longe, me ias ligar todos os dias e que ias marcar em todos os jogos um golo por mim e para mim. E lembro-me de te dizer, que um dia, nestas voltas que a vida dá, a gente ainda se ia encontrar. Que eu ia ser uma jornalista imparável e que ainda ia fazer uma reportagem sobre ti e o teu talento natural. Mas tudo muda. À medida que estas voltas se foram dando, muita coisa mudou e muita coisa se perdeu. Perderam-se as palavras e a forma de vermos as coisas. Hoje estás tu num sítio que eu desconheço, a fazer aquilo que mais gostas e a ser feliz à tua maneira. Noutro dia cruzei-me com o teu irmão e vejo que ele continua o mesmo. Aquele pequenino lindo que te vê como um ídolo. Lembro-me dos dias em que o levávamos ao parque e das vezes que ele pedia para que lhe marcasses um penálti. Lembro-me de quando ele saltava para o meu colo e me pedia para rematar só mais uma vez. Não sei se ele continua igual nisso mas sei que o brilho dos olhos dele continua o mesmo, desde que o conheço. E nisso, ele é igual a ti. É igual a ti no facto dos olhos dele não enganarem ninguém e de demonstrarem o quão feliz ele é. Qualquer dia a gente vê-se por aí, quer em caminhos novos, quer em caminhos cujos nossos passos já conhecem de cor. E nunca te esqueças, que eu hei-de sempre querer o melhor para ti. Boa sorte com tudo, R* (fictício)

Comentários

Mensagens populares