escrita.


Dantes havia aquele tempo em que escrevia por tudo e por nada. Dantes qualquer assunto faria sentido para escrever um texto sobre uma coisa qualquer. Agora não. Agora, sempre que escrevo, faltam-me as palavras certas na hora exacta. Ainda assim, esta é uma das coisas que mais gosto de fazer. Ao escrever, estou em contacto com o meu interior e com o que me rodeia, de uma forma única. Ao escrever, estou a expressar coisas que as palavras ditas pela boca não são capazes de ilustrar. A escrita é como um reflexão que liga o corpo e a mente. Que nos faz dizer coisas do coração e tirar conclusões da cabeça. Escrever ajuda-nos a libertar os nossos medos e as nossas ansiedades. Desde sempre que gostei de escrever, desde histórias com uma moral no fim, a textos cuja minha imaginação inventa. Podia escrever sobre imensas coisas, como por exemplo a minha família, ou os meus amigos, ou a relação que tenho com o meu namorado. Mas ao mesmo tempo podia escrever sobre algo que não gosto ou sobre a minha comida favorita. A escrita permite-nos estar ligados e interagir com imensos campos distintos uns dos outros. E na verdade, ela faz com que outras pessoas se identifiquem connosco; faz com que alguém se interesse pela nossa forma de pensar ou viver. Gostava de ter tanta inspiração como antes mas, infelizmente, isso não se pode influenciar. Ou tens inspiração, ou não tens. Há dias em que ela atinge o seu auge e, por isso, escrevo textos que representam um assunto comum a todos, como o Amor. No entanto, há dias nos quais olho para uma página de blog em branco e nada me ocorre. Ainda assim, a escrita vai ser sempre parte de mim. Vai ser sempre o meu refúgio, a minha forma de comunciar com os outros mas também comigo mesma.

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