onde andas tu?

Escrevo-te com o coração repleto de amor e a alma coberta pela saudade. Não sei ao certo onde estás, nem o que é feito de ti.  Mas espero que no meio dessas viagens te tenhas reencontrado. Porque todos os nossos sonhos acabam por ser viagens, que nos levam a conhecer o inimaginável e a descobrir o impossível. Espero que a tua cabeça já não esteja tanto de pernas para o ar, como quando tive de sair da tua vida. Espero que o tempo tenha curado todas as tuas feridas, tal como curou as minhas e que te tenha feito crescer e tornar-te no homem maduro que sempre soube que te ias tornar. Já me chegaram rumores de que tinhas ido até Londres e outros que tinhas partido até Barcelona, para mudares a tua vida e finalmente entrares na faculdade. Há muito tempo que deixei de sentir aquela ansiedade por receber mensagens tuas. Já não sei o que é ver o teu nome no visor de o meu telemóvel, nem sair de casa e seres a primeira pessoa que vejo. Por mais irónico que pareça, por muito que me tenha custado ver-te partir, hoje não sinto minimamente a tua falta. Não sinto falta dos nossos passeios nem das nossas conversas que se prolongavam por horas a fio. Dizem que o tempo leva tudo e põe tudo no lugar. Bem que não podia estar mais de acordo com isto. Não sei se tens outro alguém na tua vida, alguém diferente de mim. Nem sei se algum dia vais ser tão feliz com outra pessoa, como há muito tempo atrás foste comigo. Porque por mais que as nossas personalidades fossem opostas, encaixavam como um puzzle, uma na outra. Se algum dia chegares a ler este  texto, não quero que penses que ele muda ou altera alguma coisa, porque está longe de o fazer. Só espero que sejas feliz e que o Mundo te dê tudo o que procuras. Mas nunca te esqueças, que podemos fugir mas a verdadeira razão está dentro de nós. Quem sabe um dia se até nos voltaremos a encontrar. Boa sorte contigo e espero que estejas bem. De alguém que nunca se esqueceu e de que há-de-sempre se lembrar. (fictício)