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Abro os olhos e fecho-os de novo. Há sempre uma luz, um reflexo que me leva a ter a consciência de que estás sempre ali, como uma pedra agarrada ao chão, que resiste ao tempo, aos ventos, às marés e às tempestades. Sempre que abro as mãos, sinto as tuas a tocar-lhes como se tivessem sido feitas para estarem encruzilhadas uma na outra. No fundo, foram. Vejo-te a admirar-me, a olhares para o meu sorriso, para a forma como ponho o cabelo atrás das orelhas e vejo que reparas até na forma de eu pôr o ketchup nas batatas. Isso faz-me ver o quão diferente és. O quanto pequenas coisas te encantam e o quão consegues tornar uma coisa simples, na mais complexa. O nosso amor é isso mesmo, algo complexo, sem definição concreta mas que ao mesmo tempo a cada dia que passa, se infiltra em nós e nos nossos corpos, que nem por meros segundos vai embora. Essa é uma palavra que me assusta.. a de algum dia ter de te ver partir. A vida ensinou-me que nada do que é bom dura para sempre e que as coisas vêm mas todas elas têm o seu tempo, o seu espaço e o seu lugar. Tu tens um lugar na minha vida que pessoa nenhuma conseguiu conquistar até hoje. Vejo-te em ti o pedaço que faltava no meu puzzle, que apenas me ajuda a encaixar as peças que até aqui não faziam sentido em mim. Desde que te conheci, que muitas coisas mudaram. A forma de eu encarar algumas coisas, de pensar noutras e de agir perante algumas situações. As pessoas são colocadas no nosso caminho para que a partir disso possam ensinar-nos algo que até aqui ainda não sabíamos. E que boas lições que tenho tirado desde que te tenho a meu lado. Obrigada por fazeres com que a minha inspiração tenha voltado, por seres o meu refúgio e por seres a pessoa que sempre quis para mim. Não há ninguém como tu*