sonhos*


Hoje sonhei contigo de uma forma que já não sonhava desde há muito tempo. Sonhei que nos tínhamos voltado a cruzar, numa rua que não faço a mínima ideia onde seja..e no meio de uma cidade cujo nome eu desconheço. A verdade é que no sonho tu estavas mais bonito que nunca. Tinhas vestida aquela camisola da Jack que eu adoro e aquelas sapatilhas da Nike que te ajudei a escolher no outro Natal. Se me pedirem para voltar a descrever o sonho desde o início eu não seria capaz de o fazer. Lembro-me de algumas partes..de te ouvir dizer que passou imenso tempo mas que ainda não te tinhas esquecido de mim e que a M foi apenas uma má fase na tua vida. Lembro também de me teres dito que eu não mudo e que o meu orgulho continua a ser a única entrave ao facto de não estarmos juntos agora. A isso respondi-te que não..que muito mais do que orgulho eu tenho amor próprio e jamais conseguiria manter qualquer tipo de relacionamento com uma pessoa como tu. Tu não sabes o que queres..na verdade nunca soubeste e esse sempre foi o mal. És um miúdo à espera que o Mundo se decida por ele e faça por ele aquilo que no fundo não és capaz. Lembro de me teres dito também que a tua irmã ainda pergunta por mim e que os teus pais te dizem sempre que me vêem no autocarro. Os sonhos são como sinais e este só me fez ver o quanto estou bem sem ti e o quanto a distância que nos separa não muda significamente nada na minha vida. Se leres este texto, faz de conta que nunca o escrevi e faz de conta também que nem o leste. Afinal de contas, «águas passadas não movem moinhos.»

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