relationship.

Há sempre aqueles dias em que a saudade fala mais alto do que o orgulho. Aquelas manhãs em que acordas, olhas para o tempo e te recordas do Inverno que passaram juntos. Aqueles dias em que te sentes só e pensas na quantidade de coisas que viverem juntos e na quantidade que ainda tinham para viver. Talvez nesse dia te venham as lágrimas aos olhos, lágrimas de saudade, de dor, de felicidade e de tristeza. Porque o vosso amor era tão complexo como o mar. E por vezes, era tão forte como a erosão das rochas. Há dias em que aleatoriamente o teu telemóvel vai pôr a tocar a vossa música e tens uma enorme vontade de lhe mandar mensagem, mas não mandas. Recuas sempre que pensas em falar com ele e o quanto isso seria bom para ti. És capaz de estar uma infinidade de tempo sem o veres mas quando isso acontece, é como se o tempo nunca tivesse avançado e tivesse parado ali, naquela fracção de segundo, no vosso (re)encontro. Apetece-te abraçá-lo e davas tudo para que ele te desse aquele beijinho na testa, que te fazia sonhar com um final feliz. Mas na verdade, não fazes nada disso. És capaz de passar por ele e de lhe sorrir, de dizer palavras para ti mesma que ele ouviu na cabeça dele. Porque ele conhece-te e sabe a falta que faz na tua vida, assim como tu o conheces e apercebeste do vazio que deixaste na vida dele. Pensam os dois que se acabou é porque tinha de acabar e se as coisas estão assim agora é porque não faria sentido estarem de outra forma. E isto irá ser assim, até ao dia em que passares por ele na rua e o vires com uma rapariga de quem tu não conhecias a existência. Ou então, até ao dia em que ele vir um rapaz tratar-te ainda melhor do que alguma vez ele foi capaz de fazer. E quando esse dia finalmente chegar, vocês vão largar tudo para ficarem juntos e perceber, de uma vez por todas, que foram feitos um para o outro.