just like that.


Como anteriormente disse, eu não vivo as coisas nem as sinto da mesma forma e com a mesma intensidade que sentem as raparigas que eu conheço. É certo que as relações magoam mas a cima de tudo e de qualquer outra coisa elas servem para nos dar lições de vida e nos fazer descobrir coisas acerca de nós que nem nós mesmos conhecíamos.Vou-vos contar uma história sobre a qual já não fala há muito tempo: eu também já me apaixonei, já estive horas e horas agarrada ao telemóvel a falar com uma pessoa; já fui doida por ela ao ponto de fazer qualquer coisa para que ela estivesse bem. Mas sabem..com o tempo tudo muda. Mudam o rostos, muda idade e mudam as pessoas. Ele mudou e eu mudei também. Sabem o que é gostarmos de uma pessoa mas gostarmos mesmo e todos os dias termos de a ver ao lado de alguém, sabendo que aquele lugar deveria ser nosso? Por regra, aquele lugar era meu..porque depois de tudo o que vivemos não faria sentido que outro alguém o ocupasse. Mas nunca fiquei noites a chorar ao vê-lo com ela, muito pelo contrário. Era capaz de vê-los juntos e olhar em frente, sem baixar uma única vez a cabeça. Afinal, quem perdeu não fui eu..foi ele porque estava com alguém de quem no fundo, nunca gostou. Hoje ele só me veio mostrar isso mesmo, que eu sempre fui a tal, aquela que por mais orgulhosa que fosse, estava ao lado dele e nunca o deixava sozinho em circunstância nenhuma. O tempo foi passando e a verdade é que estive mais de dois anos sem lhe falar, mesmo que tive de passar por ele todos os dias. Mesmo que os lugares que desde sempre eram nossos me fizessem lembrar tudo e mais alguma coisa. Sabem quando o vêem com ela e passado nem meia hora ele vos manda mensagem a dizer que nunca se esquece de vocês? Pois..há certas coisas que custam engolir, mesmo que as nossas vidas mudem. Custa vê-lo seguir em frente e apagar a nossa história, custa vê-lo e achar que no fundo ela nos roubou alguma coisa mas nada custa mais do que a saudade de estar longe, quando não nos faltam motivos para estar perto. Mas sabem, nestes dois anos que passaram muita coisa aconteceu e se me perguntarem se alguma vez tive vontade de lhe mandar mensagem, a minha resposta, por mais irónico que possa ser, é não. Porque eu conheço-o e sei o quanto ele foi feliz nesse tempo. Ou pelo menos, o quanto tentou ser.

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