R.


E aqui, a ti me dirijo eu - provavelmente uma última vez - com o rosto inundado de lágrimas e com o coração ferido. Ainda me lembro da última vez que nos voltamos a encontrar, estavas tu na mesma rua que eu e quando os nosso olhares se cruzaram, foi como se as saudades que tinha tuas tivessem atingindo o seu auge. A verdade é que estamos mais perto do que nunca e provavelmente nunca nos sentimos tão afastados como agora. Lá vou vivendo eu, tendo a consciência de que os teus interesses vão muito mais para além do que tudo o que eu aqui escrevo. Talvez continue a escrever, dias após dias, semanas após semanas e até meses a fio porque é a única maneira de não fazer salientar o meu orgulho. Esse mesmo que nos faz estar tão distantes, esse mesmo que não sabe viver sem ti e que, infelizmente, fingiu acostumar-se a isso. Queria que, do nada, te lembrasses a quantidade de coisas que eu tenho para te dar. São muito menos do que as que já tencionaste dar-me a mim mas no entanto, elas possuem um valor que só nós entendemos porquê. Já não me lembro da última vez na qual te vi à porta de minha casa...o tempo passa tão depressa que às vezes mudamos de vida num abrir e fechar de olhos. Sinto a tua falta e a nossa. De quando largavas tudo por mim e me fazias sentir a pessoa mais especial do Mundo. Sabes, é bom sentirmos que somos importantes para alguém. Essa sensação faz-nos acreditar nas pessoas e faz-nos sonhar. Ainda sonho contigo por mais estranhos e inexplicáveis que os meus sonhos possam ser. Está tudo prestes a mudar para nós os dois, parece que finalmente vamos para a faculdade. Tu, que já lá deverias estar, se não fossem erros do percurso e eu que sinto que agora é que as coisas vão dar finalmente um verdadeiro rumo à minha vida. Queria que te importasses mais comigo mas nós não podemos mandar nas decisões das pessoas, nem adivinhar os seus pensamentos. Pergunto-me se ainda pensas em mim, sempre que sais do quarto para falar ao telemóvel com alguém e pergunto-me também se ainda te questionas em relação ao facto de eu precisar ou não de ti. Provavelmente nunca nenhuma rapariga te fez tão bem e, ao mesmo tempo, te fez ver o Mundo de forma diferente. Juntos eu sei que entrávamos numa nova dimensão ainda que de certa forma, ela se assemelhasse à nossa realidade. A esta hora estás com eles, a passar o S.João e eu estou aqui, sozinha, fechada no meu quarto, com a casa completamente deserta. Mas são estes momentos a sós comigo mesma que me fazem bem e me esclarecem as ideias. Não sei se num futuro próximo nos iremos ver mas eu gostava. De te abraçar e de dizer que és sempre o mesmo. Aquele mesmo que eu adoro, ainda que esteja longe e o mesmo sem eu qual eu não consigo viver, por mais questão que faça em demonstrar isso.

Comentários

Anónimo disse…
obrigada princesa, bem e tu linda?
Anónimo disse…
tenho tantos seguidores e apenas metade segue o meu blog de fotografia, ando a fazer modificações, quem tiver curiosidade que passe por lá e me dê a sua opinião. deixo-vos aqui o link:
Blog de fotografia

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