infância.


Os dias vão passando e não há um único em que eu não pergunte a mim mesma como estás e como levas a tua vida. Já não te vejo há 7 anos...pois é, os dias voam e nem sempre nos damos conta disso. Sempre esperei que me visses a a crescer e que continuasses a seguir os meus passos, como fizeste desde o primeiro dia em que nos conhecemos. Tenho saudades de quando ligavas para o meu telefone de casa - porque na altura éramos tão miúdos, que nem telemóvel tínhamos - e tenho saudades de quando passávamos tardes no parque a jogar futebol. Eu não me esqueço de ti e muito menos de tudo o que vivemos. Aposto que a esta hora já estás como o teu pai, um homem maduro e que sabe tudo da vida. Tenho saudades das tua família e de quando eles diziam que era tua namorada, ainda que naquela época fosse completamente estranho ouvir aquela palavra. Ainda guardo no meu quarto o último presente que me deste, aquela boneca com vestido de noiva, que é um guarda-chuva e tem uma caixa de música dentro. Gostava de te visitar e de te fazer uma surpresa, ainda que já não saiba se moras no mesmo sítio ou se te mudaste, como eu fiz. Talvez um dia nos voltemos a cruzar, aqui ou noutra parte do Mundo e tu te lembres pelo meu sorriso de quem sou e eu me lembre pelo teu olhar, de quem és. Continuo a gostar tanto de ti como gostava quando andávamos na primária. Aposto que a esta hora já estás a caminho da faculdade, tal como eu e que estás mortinho para mudar de vida. Afinal sempre fomos assim, adeptos da mudança e fãs das experiências e das coisas novas. Um dia nós iremos olhar para trás e vamos rir juntos de todas as fotos e de todas as lembranças que nos acompanham. Há coisas que não se esquecem e nós, somos o exemplo disso.

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