"é só mais um, de tantos iguais."

Hoje, mais do que noutro dia qualquer, está-me a apetecer descarregar aquilo que o meu coração sente, junto com o que a cabeça teima em não esquecer. Quando me apaixonei por ti, nunca imaginei que iria viver as coisas tão intensamente assim. Nós por agora estamos desta forma; sem falar um com o outro; estás tu no sítio onde pertences a ver as coisas na net de que tanto gostas e estou eu dentro das paredes do meu quarto, a escrever para ti. Eu já não sei se lês os meus textos, ou não; já não sei se ainda te identificas no que aqui escrevo e muito menos sei se o sentimento que por mim nutres, é igual ao que eu nutro por ti. O problema é que eu estou a voltar outra vez ao passado e não queria. Estou a voltar a ficar mal, com o teu silêncio e a permitir que isso me tira a alegria que todos os dias eu demonstro sentir. As recordações estão a voltar a atormentar os meus pensamentos e os lugares estão a fazer-me relembrar a nossa história, desde o dia em que ela começou. Não queria que nada acontecesse desta maneira. Só que por vezes o melhor é mesmo eu ter de te evitar; é de saber onde estás e com quem, e ainda assim, passar lá perto; sem que te veja a ti, ou que tu me vejas a mim. Não te passa pela cabeça as saudades que eu ainda tenho tuas; ou o tom que a minha voz ganha sempre que alguém me faz perguntas cuja resposta envolve o teu nome. Eu não sei se amanhã vou ter de te ver, ou não; se vou estar contigo e vai estar tudo bem; ou se nem sequer vamos olhar um para o outro, como na maioria dos dias temos tendência a fazer. Eu apenas quero que saibas que por mais que eu me afaste e recue nos meus passos; por mais que hajam dias nos quais a minha presença seja assídua na tua vida e hajam outros nos quais não tenhas sinais nenhuns da minha parte; o carinho que eu tenho por ti, esse, nunca muda. Vais ser sempre uma das pessoas mais importantes da minha vida, uma daquelas com quem, eu por mais tempo que passe longe, jamais me esqueço. O problema é que nós somos os dois assim. Uma corrente de dúvidas e de incertezas, que nunca se resolve, nem sai do sítio. Mais cedo, ou mais tarde, vai voltar a acontecer tudo outra vez. Vamo-nos chatear e fazer as pazes. Vamos deixar de falar e voltar a fazê-lo, como se nada se tivesse passado. Vamos sentir saudades e pensar um no outro, ainda que de maneiras diferentes. Mas por agora, eu acho que já disse tudo o que tinha para dizer em relação a nós. Até porque por mais que eu me quisesse prolongar neste texto, não era capaz. As palavras estão de tal forma gastas, que texto nenhum, vai ser capaz de as saber ilustrar.

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