life*

Ao longo da nossa vida, vamo-nos dando conta de que há coisas que não podemos controlar, nem mudar. Aquilo que eu sinto por ti é uma delas. As pessoas apaixonam-se, umas amam, outras não, umas acham que sim e não têm motivos, outras dizem que sim e não têm explicações. Eu sou uma delas. Gosto de ti e tenho essa consciência, mas estou longe de te amar, ou de deixar que tu comandes a minha vida. Há quem se entregue a relações de braços abertos e quem espere ver no outro, o seu reflexo. Eu não sou assim. Prefiro não me dar a conhecer a ninguém, nem mostrar o que o meu coração sente. Todas as histórias marcam-nos e todos os acontecimentos fazem-nos valorizar o que a vida tem de bom. Estou longe de ser o tipo de rapariga que se fecha numa concha e chora só porque a pessoa do outro lado não sente o mesmo e também estou longe de te dar a atenção que qualquer pessoa te daria, se sentisse, o que eu sinto por ti. Com o passar dos dias, nós vamos cair tantas vezes, vamos dar com a cabeça na parede e achar que já não aguentamos mais; vamos chorar e dizer que a nossa vida acabou ali; vamos dizer que nunca mais vamos querer ver a tal pessoa que tanto nos magoou e vamos jurar nunca mais deixar o nosso coração entregue a alguém. Mas tudo muda, de um momento para o outro. Eu posso hoje gostar de ti e amanhã continuar a gostar, mas daqui a um mês conhecer outra pessoa e já nem me lembrar do que passamos juntos. É assim que eu vejo as coisas. Por mais que palavras doam e que o meu orgulho te afaste, eu não deixo, nem por um minuto, de ser doida por ti. E disso, podes ter tanta a certeza, como a de conheceres a minha personalidade melhor do que ninguém e de saberes que quando te digo que chega, é quando, no fundo, preciso que mais do que nunca que continues aqui, a cuidar de mim, como desde sempre sabes fazer.
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