to be continued*

E depois de tudo...já viste que eu continuo a ser a mesma, para ti? A mesma que te ouve e aconselha. A mesma que nunca te deixa cair, em nenhum obstáculo da vida. A mesma que te ampara e te faz as verdades, por mais duras que elas sejam. Aquela que te faz rir, quando tudo o que te apetece é chorar. A que te põe um sorriso na cara, quando tudo o que mais queres é fugir. E sabes o que é que me dás em troca? Razões que chegam e sobram para eu chegar á conclusão de que tu não me conheces. Quando eu digo que faço qualquer coisa por ti, faço mesmo. Só ouves palavras da minha boca, quando o sentido é verídico e não ilusório. Isto é tudo tão confuso e tu, a cada dia que passa, me mostras mais como não mereces ter alguém como eu a teu lado. Mas sabes? Eu sou incapaz de te deixar sozinho. Sei que precisas de mim, como as pessoas das pernas para andar e do resto do corpo, para se mexerem. Conta comigo, eu vou estar sempre cá para te receber de braços abertos, tal e qual como no primeiro dia em que falamos pela primeira vez. Eu não me esqueço de nada e, infelizmente, ainda me lembro de tudo. Só tenho pena que eu ao contrário não seja possível. Mas se não é, só me mostra que tu nunca vais ser capaz de receber, aquilo que eu tenho para te dar. Custa-me ver que o tempo não te muda. E custa-me ainda mais ver o quão ingénuo continuas a ser. Resta-me ficar aqui, deste lado da vida, a olhar para ti como se fossemos um só e a assegurar-me de que o teu sorriso, ainda aí permanece. É só o que eu quero. É só o que eu mais quero.