Há dias nos quais ainda me pergunto o que é que estou a fazer na tua vida, ou que espaço ainda preencho. Sabes? Acho que agora já não precisas de mim, para nada. E se assim o é, eu sei tenho de mais uma de tantas outras vezes pegar nas minhas coisas e ir, á espera do momento em que venhas de novo chamar por mim. Esse dia pode ser amanhã, ou, quem sabe, daqui a um mês...mas é engraçado como esse dia chega sempre, mesmo quando eu menos estou á espera. Pior do que tu me deixas, é impossível eu ficar. Eu sei que tu fazes as coisas e nem sabes, que ages e nem te apercebes do quanto simples gestos magoam...mas é esse o teu grande mal, o teu grande e único mal, desde que te conheço. De resto, és maravilhoso, em tudo. Não só pelo facto de os teus abraços serem os mais confortantes do Mundo, como das tuas palavras serem as mais doces, que alguém pode ouvir. Mas isto vai ser melhor para nós. Vou-te tirar de mim, da mesma maneira que tiro tudo o que me faça mal. Eu só quero que sejas feliz e a partir do momento em que leio isso nos teus olhos, já não há nada que me preocupe. Chega. Chega mesmo.
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