finito.

As saudades que tenho tuas têm desaparecido, á medida que o tempo avança. Hoje escondi-me do Mundo e não quero saber de nada. Talvez olhes por entre os corredores e notes a minha ausência, ou talvez não. Pouco falta para as duas da tarde e eu já estou em casa, de pijama, para daqui a pouco meter-me na cama, como se fosse o único lugar existente á face da Terra. Só tenciono sair de lá amanhã, quando tiver tudo em ordem. Não te quero ver hoje. Nem hoje, nem nunca. Era tão bom que os meus passos, às vezes, não me levassem até a ti. E melhor ainda era não ter constantemente o teu olhar debruçado sob tudo o que eu faço. Preciso de ficar longe do teu Mundo...da mesma forma que estive durante todas as férias. E estive tão bem...mesmo sem tu o saberes. Fiz tudo e mais alguma coisa, estive em todos os lugares possíveis e imaginários...mas, infelizmente, nem isso foi suficiente para te ver a desabitar a mesma casa que há um ano ocupas. Essa casa sou eu...é a minha alma, o meu corpo, o meu coração, os meus pensamentos e tudo o que a mim se relacione. E agora, diz-me : O que é que continuas a fazer parado na minha vida? A nossa história continua em stand-by e por mais que eu a queira fechar, tu nunca me deixas. Afasta-te de mim...deixa-me viver a minha vida e continua feliz. Eu sei que tu o és sem mim. Tal e qual como eu o sou sem ti. Por isso, vai, puto...vai embora e faz-me o grande favor de não me procurares mais. Deixa-me estar no meu canto, sossegada, em paz. Deixa-me viver sem sentir que algo me corta a respiração. Fazes ideia de que é exactamente assim que eu me sinto, sempre que te vejo a a aproximar? É esta a reacção que tu provocas em mim e eu nunca deveria tê-lo permitido. Agora vá lá, pega nas tuas bagagens como outrora fizeste e corre atrás do que realmente gostas. Eu sei que vai ser bem melhor assim.