far away

Passado tanto tempo, cheguei á conclusão de que não vale a pena arranjar explicações para o que fazes. Chega de aceitar desculpas e falsos arrependimentos; de ainda achar que o teu olhar me diz alguma coisa e que as tuas atitudes demonstram quem és. Eu já não acredito em nada. E deixei de acreditar exactamente no momento em que saíste porta fora da minha vida. Saíste e voltaste a entrar, como bem quiseste. Não que eu o deixasse, porque não o fiz...mas sim porque o destino nos obrigou a isso. No entanto, sei que ninguém me conhece tão bem quanto tu. Mas falta-te lógica no que dizes e fazes. Falta ligação no que demonstras ser e no que pareces. Há dias em que sinto que és uma incógnita...um mar imenso no qual só se conhece a superfície porque tudo o resto é mistério. Mas há outros nos quais sinto que és como a água...claro, límpido e transparente e sem qualquer tipo de segredo. Não sei mais o que fazer contigo. Tanto acho que vale a pena como exactamente no segundo a seguir me fazes ver que não vales o esforço. E o pior, é que isto já é assim desde que nos conheço. E por mais que eu tente, por mais que às vezes interprete um sinal teu de forma correcta...há sempre dois que ficam por explicar. Não é isto que eu quero. Nem é isto que eu mereço. Por isso, trata de viver bem, longe de mim. Que eu já estou mais do que habituada a sobreviver, longe de ti.