all*

Mais uma vez, chegou o Domingo. É o dia da semana que eu menos gosto e é um dia no qual não faço rigorosamente nada. Hoje quebrei um bocado a rotina. Não saí...porque estou sem paciência para tal, mas estou a passar a tarde a estudar e a aproveitar todos os bocados que posso, para descansar e pensar em tudo. E, sabes? Mais uma vez estou a pensar em ti. Pensei quando acordei e pensei quando adormeci. É de loucos as saudades que tenho tuas. E são absurdas as saudades que tens minhas. Ainda assim, nenhum de nós deixa que os nossos braços se cruzem. E para isso, só há um motivo, ou uma explicação : o orgulho. Tu tens o teu e eu tenho o meu. Nem sempre o tens presente, mas ele está sempre comigo. Nunca te vou dizer o que vais querer ouvir e nunca vou aconchegar os teus ouvidos, com palavras dóceis, nem com nada do género. Esse não é o tipo de pessoa que eu sou. E é o tipo de pessoa que eu não gostaria de ser. Há quem diga e quem acredite que o Amor muda tudo, mas não é bem assim. Pelo menos, a meu ver, não é. Eu tenho as minhas características e tu tens as tuas. E quando estamos juntos, temos as nossas. Ainda assim, não é por isso que somos um só, nem nada que a isso se assemelhe. Eu não dependo de ti para ser feliz, nem nunca dependi. Posso gostar do que és, mas não ultrapassa isso. E mais uma vez, está aqui a prova do quanto eu sou diferente do resto do Mundo. Eu não mostro o que sinto. Mostro aquilo que os outros devem conhecer e ao fazê-lo, já me sinto bem. E outra coisa que tu nunca vais saber, é que eu preciso de ti. O que não implica, portanto, dependência. Preciso de ti, porque me fazes bem. Mas não dependo e te garanto, que isso, não vai acontecer nunca. Estou bem assim , tu estás bem também e é só isso que importa. E quanto ao resto, há pessoas que sabem de tudo, como há aqueles que não sabem de nada. E se assim é, é porque por vezes, há segredos que têm de ser partilhados. Segredos esses demasiado pesados, para carregarmos sozinhos.