last one ;

Estamos ambos no mesmo rumo. As paredes fecharam-se á medida que os nossos passos se fizeram sentir. Estamos nisto os dois. Embora que separados. Talvez um dia tudo mude. Talvez um dia eu acorde e já nada me faça recordar-te. Não quero isso. O que vivemos foi único e vai ficar sempre comigo. Um dia vou-me esquecer de me lembrar de ti. Ou talvez lembrar-me de te esquecer. Hoje vejo-te e ignoro isso. Hoje tu vês-me e finges que nem lá estou. Talvez um dia já nada seja assim. Talvez um dia passes por mim e não me vejas mesmo. Ou seja eu a nem sequer dar conta da tua presença. Tenho de me habituar ao facto de que os meus caminhos e os teus coincidem. Não posso fugir dessa realidade. Sabes onde estou. Sei onde estás. Conheço-te a ti e á tua rotina. Conheces-me a mim e aos meus hábitos. Sei que agora tomamos rumos separados. Não queria que isto acontecesse. Mas talvez tenha sido o melhor. Ou o pior. Habituei-me a esse facto. Ao facto de te ver e não te sentir. Ao facto de olhar para ti, como se fosses só mais uma pessoa que usufrui do mesmo espaço que eu. Esta foi a última vez que falei em ti. Escolheste assim. Talvez tenhamos escolhido assim. A vida dá imensas voltas. Um dia estamos aqui. Amanhã estamos numa parte incerta. Já te tive comigo. Hoje já não te tenho . Talvez um dia me voltes a procurar. Ou talvez não. Desejo-te o melhor do Mundo. Esse melhor, que (in)felizmente, eu já não sou capaz de te dar.