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Hoje começa uma nova fase da minha vida... fase na qual vou precisar de muita força, para encarar a nova realidade...

Acho que chegamos a um círculo, no qual já não há uma saída, para nenhum de nós dois, chegamos a uma porta onde o trinco já está de tal forma forçado, que mesmo que o tentemos consertar, todo o mal já está feito.

E agora, diz-me como é que vou apagar todas as memórias que tenho tuas e nossas, tudo aquilo que construímos, tudo o que te dei e que me deste a mim, tudo o que te fiz ver, ou que me fizeste aprender a mim.

Quem está de fora, pensa que é fácil, mas nós sabemos que não é.

Às vezes, pequenos erros são capazes de deitar por terra tudo o que se construiu até então... e é isso que está a acontecer connosco, fomo-nos atirando cada vez mais para um buraco... e agora, agora, já não vamos sair dele.

Talvez seja o melhor para ti... viveres sem mim...ou talvez não, talvez um dia as coisas se recomponham e voltemos a ser o que sempre fomos e o que eu sempre tive em orgulho em que continuássemos a ser.

Mas chega um dia em que as nossas maiores certezas se tornam nas nossas maiores dúvidas e depois disso, já não há meios-termos, está feito e não há volta a dar.

Foste uma das melhores coisas da minha vida, disso , venha quem vier, tenho a certeza , certezinha... mas já deu para ver que as coisas tomaram outro rumo... e outra figura.

Vou-te deixar ir, livrar de mim... vou deixar que sejas feliz... e continuar, de longe, a assegurar-me que estás bem e de que nada te falta.

Vai, está na hora de acabar com este ciclo vicioso que diariamente nos envolve, está na hora de eu dar os meus passos, sem ti, por muito que o que queira seja ter-te do meu lado.

Mas não posso, nenhum de nós pode viver com a presença um do outro... é a lei da vida, como sempre disse.

Pode doer... e só eu sei o quanto dói, mas desde sempre que força é coisa que não me falta... e mesmo que os meus olhos te mostrem o contrário do que cá dentro sinto, nunca te esqueças que vou sempre gostar de ti.

E por agora, por agora o meu orgulho vai falar mais alto, como fala sempre, ou o meu feitio vai querer permanecer igual.

Talvez um dia olhes para o lado e eu já não lá esteja e sintas a minha falta, ou falta do que foi nosso, ou talvez encontres alguém que te faça esquecer tudo o que vivemos, ou talvez não.

Eu vou continuando... talvez vivendo uns dias mais alegres... sem ti... e outros bem mais tristes, mas afinal, não há nada que o tempo não cure... e é só mais uma ferida, que o tempo vai ser encarregue de sarar.