'caminhos da vida.'

Estava eu, no meio da multidão , mas mesmo sendo só mais uma no meio daquela imensa confusão senti que algo me chamava e me dizia para parar.
Olhava em meu redor e via caras desconhecidas por toda a parte, via sorrisos, via correrias, abraços, carinhos, casais de namorados, via tudo.
Sentei-me naqueles banquinhos onde costumam estar os idosos , olhei para o relógio e continuei a observar os passos e os movimentos que á minha frente iam surgindo.
Lentamente imagens surgiram á toa na minha mente e decidi sair dali.
Continuei a ser só mais uma no meio da população toda, mas de novo algo me chamava e me fazia desviar o olhar.
Era uma espécie de sombra, que me indicava um novo-rumo, um novo-caminho.
Mas fiz tudo ao contrário e em vez de seguir por esse lado, dei um passo atrás, virei costas e andei em frente, no sentido oposto ao de toda a multidão.
Muita gente reparou no meu ar de esgotada, muitas pessoas fixaram o olhar em mim e muitas passavam mesmo a meu lado, para ver se conseguiam ler o que os meus olhos pediam.
Precisava de alguém, que me ajudasse a sair dali e ir embora, precisava de alguém que me desse um abraço silencioso.
Mas ninguém o fez e como tal, desapareci numa imensa correria louca, sem direcção, sem sítio para o qual ir, estava completamente desorientada e perdida.
Sentei-me numas escadas que davam para um sótão e deixa-me estar lá durante uns bons minutos.
Depois voltei a levantar-me, peguei no saco, entrei no autocarro e quando dava por mim já estava na rua que dava a minha casa.
Mas desta vez não estava sozinha, tinha alguém lá ao fundo que com um sorriso me esperava (...)

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