'O dia em que te esqueci.'

Bem, acho que poucas ou muito poucas são as pessoas que não conhecem ou que nunca ouviram falar deste livro "O Dia em que te esqueci" de Margarida Rebelo Pinto.
Já o li uma vez, vou voltar a revê-lo mil e umas vezes, porque, este livro resume a vida de uma mulher que viveu um grande amor, mas , que conseguiu esquecê-lo.
Demorou longos anos até conseguir fazê-lo mas a verdade é que o conseguiu.
Afinal, quem é a mulher que nunca viveu um grande amor ou até mesmo uma (des)ilusão  amorosa?
Vivi muito tempo numa mentira perfeita, num amor idealizado ao pormenor, com tudo o que sempre sonhei e quando vi que tudo não passou de uma autêntica farsa jurei a mim mesma não cair em mais olhares enganadores que aparentam verdade.
Dói e custa bastante esquecer tudo o que se viveu com aquela pessoa a quem dizemos "és tudo" ou "quero-te sempre comigo".
Sonhamos  em ficar com essa pessoa sempre ao nosso lado, embora tenhamos a consciência que isso é impossível, queremos sempre que ela fique connosco, mesmo que tenhamos que dar tudo de nós, quando o outro nada faz.
E agora pergunto eu, será que vale a pena?
Só depois de darmos tudo por aquela pessoa é que vemos que afinal metade do esforço foi em vão e que não mereciam todo o esforço que por ela fizemos.
Mais uma vez, falando por experiência própria, arrependo-me de já ter dado tudo por um amor que achava ser perfeito.
Só no fim é que vi que tudo não passou de uma ilusão.
No entanto, tudo isto serviu para eu aprender , para ganhar força e para ver que hoje em dia, é muito difícil podermos acreditar em alguém.
Não é nas palavras que nos são ditas que podemos ver a personalidade das pessoas , é sim nas suas acções perante nós, perante elas próprias e perante os outros.
Foi por ter vivido uma espécie de 'fantasia' que deixei de ser tão inocente e de acreditar que tudo e todos têm um lado bom.
Hoje, pelo contrário, sei que pouco ou quase nada é assim.
Durante bastante tempo andei 'cega' e não queria acreditar na dura realidade.
Bati várias vezes com a cabeça na parede, deixei de dar ouvidos a quem só me queria ajudar e depois, estava quase sozinha.
Mas abri os olhos a tempo , soube reconhecer que errei e pedi desculpa ás pessoas que desiludi.
E elas sim, elas ficaram sempre comigo, tal e qual como ainda estão hoje.
Mas voltando ao assunto que me trouxe até aqui, não há amores perfeitos e nada dura para sempre, apesar de todos nós, sem excepção, sonharmos com isso.
Este livro, como diz a autora "É para todas as mulheres que viveram um grande amor e para todos os homens que o perderam."
A maioria dos homens, só sabe dar o valor ás pessoas que têm a seu lado quando as perdem e quase sempre é tarde demais.
Mas não são só eles que não dão valor, ás vezes nós também não vemos que a pessoa que está connosco é diferente e especial e não lhe damos o devido valor.
Acho que é uma autêntica perda de tempo, zangas constantes por assuntos banais, que não levam a lado nenhum.
Afinal, devemos aproveitar o tempo que passamos com a tal pessoa e não desperdiçá-lo com parvoíces.
Para acabar, vou transcrever uma frase que autora diz e que encaixa na perfeição com  tudo o que nós sentimos : "Quando amamos alguém, não perdemos só a a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, é outro,  com cicatrizes novas. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado."

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